Tereza Cristina Veloso Pantoja
PPGEDUC-UFPA/CUTINS, SEDUC/Pa e SEMED/Cametá
Maria Lucilena Gonzaga Costa Tavares
PPGEDUC-UFPA/CUTINS
Resumo
Este artigo tece considerações sobre patriarcado e opressão de gênero observados no único romance, até hoje, publicado de Carolina Maria de Jesus, Pedaços da Fome (1963). O intuito é colaborar com a visibilidade da escrita de autoria feminina negra, a partir do reconhecimento da contribuição dessa autora e dessa obra para historiografia literária brasileira. O trabalho se constituiu em uma abordagem qualitativa do tipo bibliográfica e interpretativa, conforme Minayo (2007). Como embasamento, partimos de as proposições de Hollanda (2018); Saffioti (2004,2013); Ribeiro (2021); Bourdieu (2007); Lauretis (1994). A obra de Carolina, dentre tantas qualidades, é destaque pela maneira como aborda a realidade, uma literatura instigante para uns e impactante para outros, textos que discorrem sobre a vivência e convivência do ser humano com as mazelas sociais, que traduzem sentimentos avessos. Pedaços da Fome (1963), é uma narrativa com profusas questões para debates sobre gênero, raça e classe. Consideramos enfatizar às personagens do coronel Pedro Fagundes (pai da protagonista) e de Paulo Lemes (marido da protagonista) para observar questões do patriarcado e da opressão de gênero, constatando que a protagonista Maria Clara é a figura que mais padece com o autoritarismo e machismo de ambos.
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